10 janeiro 2011

inferno pessoal.


Quando a cabeça dói. Quando todos os mínimos músculos do seu corpo já não respondem mais a você. Quando seu corpo arqueja de dor. Quando nenhuma aspirina resolve. Quando já não se consegue enxergar, pois o olho transborda em lágrimas que atrapalham a sua visão. Quando se pede veementemente a morte, pois se acha que ela é a única solução para que a dor cesse. Sintomas muito comuns, não? Mas, no fim, se descobre que os sintomas físicos são só consequências, consequências de algo que na realidade, atingiu seu interior em cheio. Sintomas de uma guerra emocional , pedaços estilhaçado em mil partes talvez. E agora, Onde enfiar tanta dor? Uma pessoa só não é o bastante. E não é exagero como vocês pensam. A realidade é a pura tragédia mesmo. Não tenho a quem recorrer... O peito queima e as lágrimas só escorrem. Nada está ao meu alcance agora. Ninguém pode ajudar. Nada vai mudar. Estou presa dentro de mim mesma, sem chave. E meu corpo pega fogo, minha garganta ferve ódio. Os olhos são vazios, sem esperança e sem fim nenhum. A boca clama por socorro, treme medo, seca como as folhas no outono. A pele branca como as páginas do livro, fria como a neblina, intocavel como o ar. O corpo oco, sem alma. A carne podre.

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