31 julho 2011

Preenchendo


“E eu que realmente achei que isso nunca aconteceria de novo, que acreditei friamente que a primeira burrada seria suficientemente dolorosa pra aprender. E eu, meu amor, que hesitei tanto em amar alguém novamente, e tô aqui amando amar o que essas pessoas chamam de amor. Logo eu, que recusei tanto a ideia de me entregar novamente, tô aqui nas tuas mãos. Vou culpar o amor. Acho que ele me fez gostar até dessas poesias melosas que ando lendo. Até essas músicas pra lá de românticas eu tô ouvindo, elas tem soado mais bonitas, tenho escutado um pouco sobre ti nelas."

João Amaral

16 julho 2011

Sera?


As vezes preciso de um tempo só para mim, para pensar na minha vida. Rodeada de pessoas sempre esqueço de mim, é mais facil lidar com os problemas dos outros do que com os propios afinal, é só lidar não tem que sentir. Muitos me adimiram por ser uma pessoa que busca superar as barreiras da vida e que acredita nas pessoas. Mal sabem que na verdade vivo um conflito interior, me questiono, eu choro, desacredito mas ignoro. Talves não seja a hora certa para lidar com isso, ou talves eu realmente seja covarde. Sou intensa, sinto demais, me preucupo demais, me fodo demais. Vou me erguendo a cada tombo, porque eu acredito que é assim que se cresce. Mas o medo me atormenta, sera que vai tudo realmente dar certo.. sera que um dia tudo vai mesmo passar, não consigo mais fingir que nada acontece eu não sei mais lidar com eles, tenho um monstro na minha frente e uma corrente que me prende; Esse monstro não quer me devorar, não quer me prejudicar mas as vezes ele perde o controle e me machuca; A corrente que me prende tenta me segurar, ela não quer que o mundo me machuque mas ela faz isso cada vez que tento me soltar; Eu tento concentrar minhas forças para usa-la de uma vez, mas já tentei tantas vezes que me questiono agora se realmente irei um dia conseguir sair dessa.

02/06/2011
por calucka,

11 julho 2011

Lá está


Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa. Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera. Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é? A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas? A moça…ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar. Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera? E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente. Não por ser forte, e sim pelo contrário… Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.

Caio Fernando de Abru.